As pessoas costumam ser irracionais, acham erroneamente que precisamos de algo, que aquilo os faz bem, mas isso diverge de forma gritante da realidade.
Tudo é questão de costume, culpa da maldita rotina, e quando aquilo muda, você fica alheio, você fica perdido, você indubitavelmente quer aquilo de volta.
E você não consegue.
Você simplesmente não consegue viver com o novo que lhe foi proposto, você começa com uma espécie de sobrevida.
Você não vive, sobrevive.
As texturas são sempre ásperas, o arco-íris não é colorido, suas palavras são sempre ríspidas, seu sorriso é falso, não há mais alegria em seu olhar.
Você perde a vontade de levantar-se de manhã, não sabe como ocupar sua tarde, não se lembra de como passou a noite, e tampouco se importa.
Você se esquece de quem é, e os outros são obrigados a contentar-se com os resquícios do que você foi. Mas isso um dia acaba, um belo dia alguém injeta uma dose exorbitante de realidade em suas veias.
E você simplesmente percebe que aquilo era um hábito, um mau hábito.
Nesse momento você se redescobre.
Nunca estive melhor do que agora.
créditos: Mari Rossi
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